sexta-feira, 15 de março de 2024

Alcoolismo tem cura?




Alcoolismo tem cura?
Na psicanálise, quando falamos de "cura", não estamos necessariamente nos referindo à completa eliminação dos sintomas. Na verdade, trata-se de um processo de autoconhecimento, transformação e aceitação que capacita o indivíduo a lidar de forma mais saudável com seus conflitos internos e a viver uma vida mais plena. O objetivo é que a pessoa desenvolva uma maior consciência de si mesma e de seus processos mentais, o que pode levar a uma melhoria significativa em sua qualidade de vida.
A cura não vem do esquecimento, mas da capacidade de lembrar sem reviver a dor. Como Freud colocou: "A cura é um processo em que o paciente se lembra e revive o que foi reprimido e esquecido. Reviver é um caminho para a lembrança." Esse processo terapêutico envolve explorar o inconsciente para trazer à luz memórias reprimidas e traumáticas, a fim de trabalhá-las e atribuir-lhes novos significados. A conscientização das lembranças, combinada com o processamento emocional, é fundamental para a cura psicológica, permitindo a transformação do sofrimento em crescimento e saúde mental.
Embora o álcool seja legal e facilmente acessível, o alcoolismo é caracterizado pelo consumo desenfreado e prejudicial da substância, levando o indivíduo a necessitar de doses cada vez maiores para alcançar os efeitos desejados, desenvolvendo assim uma dependência progressiva. Além de impactar negativamente a saúde física do indivíduo, o alcoolismo também prejudica suas relações familiares, sociais e profissionais.
As causas do alcoolismo são complexas, envolvendo fatores genéticos, traços de personalidade e influências psicossociais e ambientais. Elementos como o ambiente familiar, experiências emocionais e traumas ao longo da vida se combinam com predisposições genéticas, resultando no consumo excessivo de álcool e no desenvolvimento do quadro de alcoolismo.
Os sinais distintivos do alcoolismo incluem um desejo incontrolável de consumir álcool, a incapacidade de moderar ou interromper o consumo, a necessidade de doses crescentes para alcançar os efeitos desejados, irritabilidade diante de críticas ao uso e sentimentos de culpa associados à bebida. Durante períodos de abstinência, os indivíduos alcoólatras podem experimentar sintomas físicos como suor, tremores, ansiedade, nervosismo, agitação, dores de cabeça, náuseas, entre outros, acompanhados por possíveis manifestações psiquiátricas.
O tratamento exige que o paciente esteja disposto a modificar seu comportamento e reconhecer as consequências negativas do consumo excessivo de álcool em sua vida. Geralmente, o tratamento para o alcoolismo envolve uma abordagem multifacetada, incluindo intervenções como terapia medicamentosa, aconselhamento individual ou em grupo, possíveis internações em clínicas especializadas e o apoio da família e de grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos. É crucial procurar ajuda profissional para elaborar um plano de tratamento personalizado e eficaz.


Psicólogo Clínico e Psicanalista #AlessanderCapalbo
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