quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Saúde Mental em Colapso: Ansiedade em Crianças e Adolescentes Dispara Mais de 3.300%




Os casos de ansiedade entre crianças e adolescentes atingiram níveis preocupantes nos últimos dez anos. Dados do SUS mostram que os atendimentos de saúde mental para crianças entre 10 e 14 anos aumentaram 2.500%, saltando de 1.850, em 2014, para mais de 24 mil em 2024. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, o crescimento foi ainda mais grave: um aumento de 3.300%, ultrapassando os 53 mil atendimentos.

Especialistas apontam que o uso excessivo de telas pode estar agravando esse quadro. O tempo prolongado em dispositivos eletrônicos tem afetado o sono, a concentração e as interações sociais, aumentando os níveis de ansiedade e estresse.

Diante desse cenário, é fundamental que pais e responsáveis estejam atentos. Reduzir o tempo de exposição às telas, incentivar atividades ao ar livre e fortalecer o diálogo familiar são passos essenciais para garantir o bem-estar emocional das novas gerações. A saúde mental dos jovens precisa de atenção urgente!




Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/01/30/ansiedade-de-2014-a-2024-atendimento-a-criancas-de-10-a-14-anos-subiu-quase-2500percent-no-sus.ghtml

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Autossabotagem: Como Parar de Bloquear o Seu Próprio Caminho

 


A autossabotagem acontece quando, conscientemente ou não, criamos barreiras que dificultam nossas próprias conquistas. Em vez de seguirmos em frente rumo aos nossos objetivos, acabamos dando um passo para trás ou tomando decisões que nos afastam do que realmente queremos. Às vezes, ficamos tão acostumados a esse comportamento que nem percebemos o quanto ele está atrapalhando nosso crescimento pessoal. A autossabotagem pode afetar não só nosso bem-estar emocional, mas também nossa vida social, familiar e profissional, gerando um ciclo de frustração constante. Por isso, entender esse mecanismo é o primeiro passo para superá-lo e encontrar formas de agir de maneira mais positiva e construtiva.

Quando falamos em autossabotagem, é importante lembrar que ela não surge do nada. Geralmente, esse comportamento está ligado a crenças disfuncionais sobre quem somos e sobre o que merecemos. Podem ser pensamentos negativos que nos levam a crer que não somos bons o suficiente ou que nunca conquistaremos algo valioso. Tais pensamentos podem vir de experiências passadas, como críticas constantes, comparações injustas ou fracassos que nos fizeram acreditar que não somos capazes de ter sucesso. Assim, quando surge a oportunidade de crescer, uma parte de nós se sente ameaçada e reage colocando obstáculos, como se fosse melhor estragar tudo antes que alguém o faça por nós.

Um dos sinais mais comuns da autossabotagem é ter uma meta clara, mas agir de forma contrária ao que seria necessário para atingi-la. Por exemplo, a pessoa deseja economizar dinheiro, mas segue gastando sem planejamento. Ou quer um emprego melhor, porém não atualiza o currículo nem busca oportunidades. Em muitos casos, a pessoa tem consciência de que essas atitudes são prejudiciais, mas simplesmente não consegue mudar, pois está presa a um padrão interno que reforça a dúvida ou o medo de fracassar. Nessa dinâmica, a mente se programa para enxergar ameaças em cada passo novo, minando nossa autoconfiança e confirmando a crença de que não merecemos alcançar algo melhor.

Muitas vezes, a raiz do problema está na nossa autoimagem. Se crescemos ouvindo ou internalizando mensagens de que somos inadequados ou incapazes, podemos passar a vida tentando compensar esses sentimentos. Nesse processo, a autossabotagem surge como uma forma de “provar” que não somos dignos de sucesso ou de felicidade, pois, cada vez que algo vai bem, surgem emoções conflituosas que nos fazem recuar. Assim, mantemos uma espécie de coerência com a imagem negativa que temos de nós mesmos. Esse ciclo é muito nocivo, pois nos impede de experimentar o triunfo e de aprender que podemos, sim, superar desafios.

Para identificar a autossabotagem, vale a pena observar situações em que você se sente próximo de uma conquista, mas, por algum motivo, abandona o projeto ou o atrasa deliberadamente. Pode ser que você busque a aprovação das pessoas ao seu redor e, ao mesmo tempo, tenha medo de ser julgado se der certo. Outra forma de autossabotagem é quando você tende a deixar tudo para a última hora, criando uma tensão desnecessária que prejudica a qualidade do que faz. Em todos os casos, há um forte componente de ansiedade que alimenta a dúvida sobre nossas capacidades e, no fim, valida o pensamento de que não damos conta.

Um passo essencial para romper esse padrão é questionar a origem dessas crenças que reforçam a autossabotagem. Pergunte a si mesmo: de onde vem a ideia de que você não é merecedor(a) de sucesso? Quem ou o quê te fez acreditar nisso? Ao refletir sobre essas questões, começa a surgir um caminho de autoconhecimento. É nesse processo que a busca por ajuda se torna valiosa, pois conversar com um psicólogo ou psicanalista pode auxiliar a compreender como esses pensamentos enraizados influenciam suas ações atuais. Profissionais de saúde mental podem oferecer estratégias e ferramentas para mudar esses padrões, fortalecendo sua autoestima.

Além disso, trabalhar a autossabotagem envolve criar novas rotinas e comportamentos que estimulem a autoconfiança. Você pode começar com objetivos menores, que sejam desafiadores, mas alcançáveis. Cada pequeno sucesso ajuda a provar para si mesmo que é possível dar passos maiores. A autocompaixão também é uma peça-chave: evite se julgar com dureza quando algo não sai como o planejado. Em vez disso, encare o erro como parte do aprendizado e siga adiante, relembrando suas capacidades. A mudança de mentalidade pode ser lenta, mas é extremamente recompensadora quando percebemos que estamos vivendo de forma mais alinhada com nossos valores e desejos.

Outro ponto fundamental é prestar atenção nas companhias e nos ambientes que reforçam as mensagens negativas sobre você. Muitas pessoas se cercam de estímulos que mantêm a imagem de fracasso, seja ouvindo comentários desmotivadores, seja evitando lugares onde possam crescer. Ao reconhecer essa dinâmica, podemos escolher ambientes mais saudáveis, onde exista acolhimento e incentivo para aprender coisas novas, seja no trabalho, em grupos de estudo ou atividades de lazer. Sentir-se apoiado favorece a quebra desse ciclo autodestrutivo, pois mostra que há possibilidades de progresso e de reconhecimento.

Desse modo, o caminho para superar a autossabotagem passa pela consciência de que ela existe, pela disposição de rever crenças antigas e pela coragem de se arriscar em mudanças. Não existe uma fórmula mágica ou rápida, pois cada pessoa tem sua história, suas feridas e seu ritmo de transformação. Porém, ao buscar a ajuda de um profissional e ao se permitir pensar com mais carinho sobre si mesmo, é possível transformar esse comportamento em uma oportunidade de crescimento e autodescoberta. Afinal, viver à mercê das próprias inseguranças pode impedir você de encontrar sentido, sucesso e, acima de tudo, contentamento na sua trajetória.

Portanto, se você identificou sinais de autossabotagem na sua rotina, observe seus pensamentos, revise crenças limitantes e procure maneiras de construir uma imagem pessoal mais positiva. Lembre-se de que você não precisa enfrentar tudo sozinho: a ajuda especializada pode fazer diferença na sua jornada. Quando abrimos espaço para curar feridas emocionais e reconhecer nosso valor, avançamos com mais segurança e autonomia. Experimente sair da zona de conforto com pequenos passos e veja como cada conquista, por menor que seja, reforça a ideia de que você é, sim, capaz de realizar mudanças profundas e duradouras. Assim, autossabotagem deixa de ser um obstáculo para se tornar um sinal de que há muito a ser explorado e aprendido.


Psi. Alessander Capalbo

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Novidade - Novità




"Novidades para 2025: Agora Também em Italiano e Português!"

Começamos o ano de 2025 com novidades nas nossas redes sociais, tanto no Facebook quanto no Instagram oficial. Todos os textos agora estão disponíveis em duas línguas: italiano, minha língua paterna, e português, minha língua de nascimento. Como tenho muitos amigos da Itália que me acompanham, essa mudança vai ajudá-los a entender melhor as pequenas reflexões sobre psicologia psicanalítica que compartilho. Desejo a todos um Feliz 2025, cheio de realizações e crescimento!


"Novità per il 2025: Ora Disponibile in Italiano e Portoghese!"

Abbiamo iniziato il 2025 con delle novità sulle nostre pagine ufficiali Facebook e Instagram. Tutti i testi sono ora disponibili in due lingue: italiano, la mia lingua paterna, e portoghese, la mia lingua di nascita. Poiché ho molti amici in Italia che mi seguono, questo cambiamento li aiuterà a comprendere meglio le piccole riflessioni sulla psicologia psicoanalitica che condivido. Auguro a tutti un Felice 2025, ricco di realizzazioni e crescita!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Até que enfim começei a compreender o processo da Vida.

Há momentos que parecem ecos, mas percebo que não são repetições. Cada instante traz novas escolhas, únicas e irrepetíveis. Lembro-me das decisões difíceis, como a doença do meu pai, quando tive de escolher entre um tratamento agressivo ou aliviar seu sofrimento. Em 2001, despedi-me dele com o coração em pedaços. Depois, minha mãe adoeceu, mas fui poupado de reviver aquilo.

A perda dos meus avós deixou outra marca. Lembro-me das tardes no banco velho de madeira, onde minha avó me fazia recitar a tabuada entre risadas. Quando eles partiram, senti um vazio crescente. Era estranho ver meus pais se irem antes deles.

Recentemente, lembrei de uma aula em Roma, onde vi um vídeo sobre o ciclo da vida. Em uma cena marcante, um pato perguntava à morte sobre o rio que visitava todos os dias. A morte respondeu: "Ele continuará aqui, e ficará bem." Essas palavras me tocaram profundamente.

Hoje, aceito que a vida segue, mesmo quando não estamos mais aqui. Cada perda nos desafia, mas também abre espaço para o novo. Respiro fundo e imagino o rio fluindo, eterno e sereno. Pela primeira vez, sinto paz. Talvez isso seja suficiente.


Assista esta realidade de forma muito bela e simples: 


quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Intimidade Online: Será Que Seu Relacionamento Está Seguro?



Na era digital, muitos casais compartilham e até gravam momentos íntimos, sem pensar nas possíveis consequências. Essa prática, cada vez mais comum, pode colocar o relacionamento em risco, especialmente quando essas gravações acabam expostas ou utilizadas de maneira inadequada. A tecnologia, que deveria aproximar, frequentemente acaba criando distâncias, e isso se reflete no cotidiano dos casais.

O uso exagerado de celulares e a constante exposição da vida digital muitas vezes enfraquecem a intimidade real. Priorizar redes sociais, gravações ou mensagens em vez de uma conversa olho no olho pode gerar uma desconexão emocional significativa. Quando não há diálogo sobre esses comportamentos, a confiança pode ser abalada, aumentando os riscos de conflitos e, em alguns casos, levando ao término do relacionamento. Afinal, como confiar plenamente em alguém se a privacidade do casal é constantemente compartilhada com o mundo digital?

Além disso, o hábito de gravar e expor momentos do relacionamento muitas vezes não é discutido de forma aberta. Isso pode criar ressentimentos, inseguranças e até um sentimento de invasão de privacidade. É importante que os casais conversem sobre os limites da exposição, definindo o que é saudável para ambos. A relação precisa de respeito mútuo e atenção à conexão emocional para se manter forte.

Outro ponto crítico é o impacto da tecnologia na qualidade da convivência. Muitas vezes, momentos que poderiam ser de interação real entre os parceiros são substituídos pelo uso do celular. Essa falta de presença emocional enfraquece os laços e pode dar espaço a sentimentos de negligência ou invisibilidade.

Para evitar que a tecnologia se torne uma ameaça ao relacionamento, é fundamental encontrar equilíbrio entre o real e o digital. Reservar tempo para conversas genuínas, momentos de qualidade e atividades sem a interferência de dispositivos eletrônicos é essencial. Quando os problemas já estão instalados, buscar ajuda profissional, como terapia de casal, pode ser uma excelente forma de reconstruir a confiança e a conexão. Além disso, um acompanhamento psiquiátrico, quando necessário, pode ajudar a lidar com questões emocionais que impactam a relação.

Em um mundo tão conectado, cuidar do relacionamento exige consciência e esforço. Respeitar a intimidade e fortalecer os laços afetivos são os passos fundamentais para construir um futuro saudável e feliz a dois.


Psi. Alessander Capalbo

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A Medicação Ajuda, Mas a Cura Começa na Terapia



O uso de medicação psiquiátrica pode ser uma ferramenta poderosa no tratamento de transtornos mentais e emocionais. No entanto, é importante compreender que os medicamentos, sozinhos, não resolvem todas as questões. Eles agem principalmente nos sintomas, como ansiedade ou tristeza profunda, permitindo um alívio necessário para que o paciente consiga lidar melhor com o dia a dia. O tempo para que a medicação comece a fazer efeito varia conforme o tipo de medicamento, a condição tratada e a resposta de cada pessoa, podendo levar dias ou até semanas.

Por isso, o acompanhamento regular com um psiquiatra é essencial. Esse profissional avalia a eficácia do remédio, ajusta a dosagem e verifica possíveis efeitos colaterais. Mas tão importante quanto o tratamento médico é o papel da psicoterapia nesse processo. Enquanto a medicação estabiliza os sintomas, a terapia ajuda a explorar as causas profundas das dificuldades emocionais e a construir ferramentas para lidar com elas de forma saudável.

A terapia oferece um espaço seguro para compreender padrões de comportamento, emoções e experiências que podem estar na raiz do sofrimento. É nela que se trabalha o autoconhecimento, a ressignificação de traumas e o fortalecimento emocional. A combinação de medicação e sessões de terapia aumenta significativamente as chances de uma recuperação sólida e duradoura.

Embora muitas pessoas acreditem que o uso de medicamentos é suficiente, isso pode ser uma visão limitada. A medicação não ensina a lidar com os desafios do dia a dia ou com as mudanças que precisamos fazer em nós mesmos para viver de forma mais plena. Esse papel é desempenhado pela terapia, que complementa o tratamento medicamentoso, proporcionando um cuidado integral.

Portanto, se você está enfrentando dificuldades emocionais, procure ajuda profissional. Um psiquiatra pode ajudar a controlar os sintomas com a medicação adequada, enquanto a terapia permitirá um mergulho profundo nas questões emocionais. Juntos, esses tratamentos criam um caminho mais seguro e eficaz para o bem-estar mental.

Lembre-se: cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Combinar medicação e terapia não é sinal de fraqueza, mas um ato de coragem e autocompaixão. Afinal, buscar ajuda é o primeiro passo para transformar sua vida!


Psi. Alessander Capalbo

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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Você Está Realmente Vivo ou Apenas Passando Pelos Dias?



Sentir o coração bater vai além de estar fisicamente vivo. É sobre sentir que sua vida tem propósito, emoções e conexões. Infelizmente, muitas pessoas se veem apenas “sobrevivendo”, como se assistissem suas vidas passarem diante de uma tela sem cor, sem história que realmente as representem. É como viver um roteiro que não pertence a elas, deixando um vazio sem sentido.

Estar vivo de verdade é integrar todas as experiências da vida: as dores, as perdas, as conquistas e até as incertezas. É permitir-se sentir a alegria de um momento especial, a tristeza de uma despedida, o amor de uma conexão genuína e a esperança que nos impulsiona a seguir em frente. Cada emoção, boa ou ruim, nos lembra que estamos vivos e que somos humanos.

Quando assumimos a autoria do nosso “roteiro”, cada cena, por mais difícil ou grandiosa, começa a fazer parte de quem somos. Essa percepção nos ajuda a nos sentir conectados com o presente e mais inteiros. Ao reconhecer a vida como um conjunto de momentos únicos e nossos, alcançamos um senso de identidade mais forte e integrado.

Reflita: o que faz você se sentir verdadeiramente vivo? Talvez seja um abraço de quem você ama, a conquista de um sonho, ou até a coragem de enfrentar um medo. Identifique isso e traga mais dessas experiências para o seu dia a dia.

Se você sente que está apenas passando pelos dias, sem direção ou sentido, talvez seja hora de buscar ajuda. Conversar com um psicólogo pode ajudar a entender o que está faltando e como retomar as rédeas da sua vida. Afinal, viver de verdade é descobrir e valorizar o que faz o seu coração bater mais forte. Não deixe sua vida escapar de você.

E você, está vivendo ou apenas existindo?


Psi. Alessander Capalbo

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Saúde Mental em Colapso: Ansiedade em Crianças e Adolescentes Dispara Mais de 3.300%

Os casos de ansiedade entre crianças e adolescentes atingiram níveis preocupantes nos últimos dez anos. Dados do SUS mostram que os atendime...